Ao chegar no Jocojó, fomos recebidos por algumas pessoas, que estavam bastante atarefadas no galpão comunitário, triando pintinhos que haviam acabado de chegar… Frank Fernandes, um dos jovens do grupo, nos explica o que estavam fazendo.

“A gente se focava muito na farinha, na mandioca, mas a gente quer conseguir outros produtos, diversificar, para melhorar a alimentação. Antes, a gente caçava mais, mas vai pensando melhor, formando consciência. Foi por isso que começamos com o projeto de aviário. Agora mesmo, estávamos em mutirão e nossa comida veio do aviário.

“Nosso mutirão era com 30 ou 40 pessoas. Antes, custava uns R$ 300 ou 400 para alimentar todo mundo. Agora, a comida vem do aviário. A ração está cara e tem que trazer de longe. Uma vez, acabou a ração. Misturamos com mandioca, deu certo. Vamos continuar comprando um pouco de ração, mas misturamos agora com mandioca, vamos também misturar feijão guandú, abóbora. 2/3 da ração dos aviários vem das nossas roças.

“A gente cria dois tipos de galinhas. As brancas, ficam prontas em 45 ou 60 dias. As caipiras, que ficam soltas, no pasto, de 60 a 90 dias.

“A gente vai propor a venda dos frangos pelo Programa de Aquisição de Alimentos do governo federal. A gente já vende, para o CRAS de Gurupá, pupunha, farinha, macaxeira e melancia.

“Tem uma pessoa da comunidade no Conselho de Segurança Alimentar do município.”